Trabalho e vida pessoal na era da conectividade
Após ler esse artigo escrito pelo Sr. Bernt Entschev publicado na revista amanhã (edição 276 junho de 2011), não pude deixar de perceber o quanto esse assunto repercute em nossas vidas diariamente. Segundo o autor a ascensão e popularização dos celulares, da internet e agora dos tablets e smartphones vêm para deixar o ser humano definitivamente conectado aos deveres do trabalho ou pessoais. Como as tecnologias mencionadas precisam de pessoas para ter o seu valor, surgiram as famosas redes sociais com ambientes interativos, onde todos fazem questão de participar como ser racional e social. Até aí tudo muito evidente, no entanto diante de tais circunstâncias surge a questão: ainda é possível separar o trabalho e a vida pessoal de maneira efetiva?
Assim como o Sr. Bernt, defendo a ideia de que cada um de nós é uma só pessoa, ou seja, ninguém quando vai ao trabalho, deixa seu “eu pessoal” em casa e leva somente o “eu profissional” e sim continuamos sendo nós mesmos. Não há como separarmos nossas personalidades.
Quando você está no trabalho a tendência comportamental é profissional e vice-versa quando vai para casa, ou seja, temos a tendência de exercer certos comportamentos em determinadas situações que nos “moldam” a agir daquela maneira. O ambiente interfere em nosso modo de agir, mas mesmo assim não há uma maneira de condicioná-lo a ficar 100% focado somente em uma atividade.
A ilustração perfeita para esse cenário seria a seguinte análise: quantas vezes você estava em uma reunião e de repente começou a pensar na viagem do fim de semana? Ou no jantar com o cônjuge? Ou estava em casa assistindo a um filme e teve uma grande ideia para um projeto do trabalho?
Não é difícil encontrar profissionais que misturam contatos pessoais com os profissionais, nas redes sociais. A dica fundamental desse conteúdo é a seguinte:
– Comece a organizar a vida na rede digital, já que é lá que as pessoas estão passando mais tempo;
– Defina o tipo de contatos que adicionará e o seu objetivo com aquela rede social. Regrinha de ouro: não entre se não puder ou for alimentá-la regularmente.
– Quanto aos gadgets, respeite os ambientes que frequenta e procure não deixar que uma situação profissional interfira na pessoal (e vice-versa).
Por mais desafiadoras que sejam essas dicas, vale a pena tentar para garantir um pouco mais de sossego e menos confusão, naqueles momentos em que você não sabe onde deixar a cabeça.
Autor: Gilvan dos Anjos Rocha